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A América do Sul é considerada um sub-continente livre de conflitos de grande porte, entretanto, é nesta região que se arrasta o conflito interno mais longevo do mundo, a crise colombiana. Motivado por um pacote de auxílio estadunidense, conhecido como Plano Colômbia, o combate às narcoguerrilhas existentes no Estado ganhou proeminência e sofreu um profundo processo de militarização. O maior expoente da região, o Brasil, conseguiu através dos seus governos e planos, consolidar sua posição, sem, contudo, dar as devidas atenções aos países vizinhos. Entretanto, o Plano Colômbia representa uma grande movimentação militar numa área de fronteira fundamental. A potência regional cuja história aponta para a valorização da estabilidade fronteiriça conseguida por meios pacíficos, vem reagindo a tal movimentação de diversas formas. Desta maneira, o Plano Colômbia representa uma ponte de ligação entre o Brasil e seus Estados vizinhos. Destarte, o presente trabalho procura apontar qual é a percepção brasileira sobre o conflito em questão. Para tanto, inicialmente, é apresentado um breve histórico da crise e do surgimento do Plano Colômbia. Além disso, é realizada a conexão entre tema e teoria, apontando conceitos fundamentais para a compreensão do problema, teorias e conceitos de Segurança Internacional e Regional, tais como: a Teoria dos Complexos Regionais de Segurança, de Barry Buzan e Ole Wæver, e os conceitos de Risco e Ameaça, de Wallander e Keohane. Em sequência indagamos: como o Plano Colômbia e os seus desdobramentos no entorno geoestratégico brasileiro são percebidos pelo Brasil? Partimos da perspectiva brasileira para identificar o processo de securitização deste país sobre aquela questão, para tanto, realiza-se uma análise documental de certos discursos de autoridades do país. Para a análise de discurso fundamentando-nos, primordialmente, nos estudos pós-positivistas da Escola de Copenhague. Por fim, demonstrar-se-ão programas que representam o grau de militarização que vem ocorrendo por parte do Brasil na região, e como este momento difere dos intentos de ocupação e defesa da Amazônia de outrora. Os resultados da pesquisa são apontados em seguida. |
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