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Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo sobre as coalizões sul-sul, em especial o IBAS, durante os dois mandatos de Lula. Para isso, nossa pesquisa se baseia nas principais obras acadêmicas acerca do tema e também em alguns sites oficiais. A política externa brasileira, com a ascensão do governo da Lula, passou a adotar uma postura mais autônoma no sistema internacional. A eleição de Lula, com um discurso de mudança, que ganhou grande apoio da sociedade brasileira, dentre outros fatores, deram impulso à nova estratégia de inserção internacional do país através das coalizões sul-sul. No dia 6 de junho de 2003, o Brasil convoca a África do Sul e Índia para uma reunião de seus chanceleres em Brasília. Desta reunião, saiu a Declaração de Brasília, que instituiu a formação do IBAS. Essa cooperação trilateral é um instrumento para alcançar a promoção do desenvolvimento social e econômico, como também na reversão de políticas protecionistas e práticas distorcidas do comércio. Contudo, essa estratégia não foi bem aceita inicialmente, principalmente pelos que defendiam a postura liberal adotada anteriormente pelo Itamaraty e por parte da sociedade brasileira. Para alguns, a melhor forma de inserção internacional deveria ser através de alianças com as nações ricas, em especial os Estados Unidos, e as nações em desenvolvimento deveriam ter um papel secundário nesse processo. Criticava-se também a falta de interesses reais e as grandes diferenças – econômicas, culturais, demográficas, dentre outras - entre Índia, Brasil e África do Sul. Desta forma, surge a indagação sobre os ganhos obtidos pelo país ao adotar essa postura. Chegando o final do governo Lula, é possível fazer uma delimitação temporal que vai de 2003 à 2010, e analisar as coalizões sul-sul como estratégia de inserção internacional do Brasil, tomando com exemplo o Fórum de Diálogo IBAS. |
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