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Esta pesquisa investigou a repercussão da sífilis na cidade da Parahyba do Norte nas primeiras
décadas do século XX. Desenvolvido a partir de jornais, revistas de maior circulação na
capital, além de documentos oficiais de governo. Ou seja, os jornais A União, A Imprensa, O
Jornal, Revista Era Nova e Mensagens de Governo, com o aporte teórico de Sérgio Carrara.
A repercussão da doença foi negativa e não poderia ser outra, pois se tratava de uma doença
temida por todos, acometendo qualquer um, sem distinguir sexo e muitos menos a idade. As
gerações posteriores não poderiam ter nenhum resquício de sífilis para isso, acreditava-se na
importância do exame pré-nupcial, como forma de evitar sua propagação. De acordo com a
imprensa e com os higienistas deveria haver um cuidado com a juventude, considerados como
as principais vítimas da doença, e as crianças que, também, sofriam quando portadores da
sífilis hereditária. Para haver o controle da moléstia na Parahyba o Serviço de Profilaxia de
Lepra e Doenças Venéreas, dava o suporte através do Dispensário Eduardo Rabelo, onde
eram atendidos os sifilíticos da capital, recebendo os tratamentos comuns à época, como as
injeções de “914”, curativos e procedimentos cirúrgicos. Também era comum entre os
sifilíticos o uso dos “milagrosos” elixires e dos banhos termais. Os sintomas da sífilis
poderiam ser confundidos com outras doenças, dificultando o diagnóstico e tratamento,
levando em muitos casos ao óbito. Portanto, era considerada uma moléstia complexa, acima
de tudo, desconhecida. |
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