Resumo:
Introdução: A qualidade do hálito de um indivíduo varia devido a vários motivos intrínsecos e extrínsecos. Atualmente, o ato de disfarçar possíveis odores é visto corriqueiramente desde o uso de produtos bucais até de itens comestíveis que só mascaram o problema e não atuam em sua causa. Objetivo: Avaliar o uso e a frequência dos variados mascaradores do hálito e sua relação com esquiva social em pacientes odontológicos do município de Araruna-PB. Metodologia: Utilizou-se uma abordagem indutiva com técnica de pesquisa de campo através de documentação direta extensiva por meio de um questionário estruturado com perguntas objetivas. A amostra foi calculada com um nível de confiança de 95% a partir dos dados do tribunal superior eleitoral que totalizavam 8498 eleitores entre 18 e 59 anos, totalizando 368 voluntários, os quais foram abordados por conveniência nas salas de espera dos nove estabelecimentos de saúde de Araruna onde há atendimento odontológico. Resultados e discussão: Foi possível constatar que 53% responderam que se preocupavam com seu hálito, 25% deles fizeram uma correta relação na resposta entre a preocupação com o hálito e a higienização da língua, seguidos de 16% que por se preocupar com o hálito relataram sempre ter à mão chicletes ou pastilhas; indagados sobre atitudes sociais alteradas quando se acha que o próprio hálito não está bom 32% relataram colocar pastilhas ou chicletes na boca seguidos por 30% que preferem falar tomando uma certa distância do interlocutor; sobre a importância de se alertar quem está com mau hálito 91% considera que essas pessoas precisam ser alertadas, contudo a maioria 35% não o faz para evitar constrangimentos. Conclusões: O uso de mascaradores de hálito se mostrou frequente, sendo a qualidade do hálito considerada como um fator relevante no meio social, provocando atitudes de esquiva que atrapalham o relacionamento interpessoal, além da reiterada procura por meios para disfarça-lo com o cheiro forte de pastilhas e chicletes. Os entrevistados ressaltaram a importância de se alertar o portador de halitose sobre sua condição, no entanto, preferem não dizer a fim de evitar constrangimento.
Descrição:
SILVA, Edielma Trajano da. Estudo do uso de mascaradores de hálito e sua relação com esquiva social em pacientes do serviço público de saúde de Araruna-PB. 2016. 34 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Odontologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Araruna, 2016.