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A respiração bucal pode provocar alterações no sistema estomatognático do indivíduo, comprometendo sua qualidade de vida. Objetivo: Verificar a prevalência de alterações faciais, orais e comportamentais em escolares com respiração bucal ou mista. Materiais e métodos: A amostra foi composta por 330 escolares de 12 anos de idade, matriculados em escolas públicas da cidade de Campina Grande, Paraíba. Os dados foram coletados por meio de aplicação de questionários destinados aos pais ou responsáveis e professores, além de exames físicos dos alunos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e analítica. Resultados: A prevalência de respiração bucal e/ou mista foi de 33,3%. As alterações faciais, orais e comportamentais mais prevalentes nos respiradores bucais e/ou mistos foram: olheiras, narinas estreitas, palato ogival, incisivos vestibularizados, irritação, agitação, dificuldades escolares e falta de atenção, todas com diferenças significativas em relação aos respiradores nasais. Os escolares que relataram possuir o hábito de sucção de dedo apresentaram três vezes mais chances de desenvolver a respiração bucal, já os que utilizaram mamadeira apresentaram duas vezes mais chances de serem respiradores bucais. Conclusões: A amostra avaliada teve prevalência de 33,3% de respiradores bucais. Os respiradores bucais apresentaram quatro vezes mais chances de serem dolicofaciais. As alterações orais avaliadas nos respiradores bucais/mistos apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação aos respiradores nasais. A maioria dos escolares com respiração bucal/mista apresentou maiores dificuldades escolares e de atenção, e problemas durante o sono, quando comparados aos respiradores nasais, com diferenças estatisticamente significativas. Além disso, os respiradores bucais/mistos apresentaram, pelo menos, um hábito de sucção deletéria, como sucção de dedo e uso de chupeta e mamadeira, onde os hábitos de sucção de dedo e utilização de mamadeira por tempo prolongado aumentaram em três e duas vezes, respectivamente, as chances de desenvolvimento de uma respiração bucal. |
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