dc.description.abstract |
Este trabalho teve como principal objetivo observar se os LDLP, avaliados e
distribuídos pelo PNLD 2012, supostamente sintonizados com “virada pragmática no
ensino de língua materna” (RANGEL, 2001, p. 8), trazem um trabalho com a oralidade
mais voltado para os usos reais da língua. Para tanto, lançamos mão das contribuições
de Soares (2002), Bunzen (2009), Marcuschi (2005), Leal et. al. (2012), entre outros.
Nossa metodologia partiu de atividades centradas na pesquisa bibliográfica, com corpus
previamente definido, buscando realizar a análise a partir de uma visão quantitativa e ao
mesmo tempo Interpretativista dos dados. Iniciamos pelo exame das resenhas presentes
no Guia do PNLD acerca dos manuais didáticos selecionados. Finalizada esta etapa,
realizamos a análise das coleções escolhidas, a fim de obtermos dados mais detalhados
no tangente ao trabalho com a oralidade proposto por estes manuais. Após a realização
destes procedimentos, concluímos que, com relação à primeira coleção avaliada,
intitulada Português – contexto, interlocução e sentido (ABAURRE, ABAURRE e
PONTARA, 2008), não apresentou um trabalho com estes conteúdos que possa ser
considerado de grande valia no que concerne ao que vem sendo discutido pelos
estudiosos linguístas acerca do ensino de oralidade. No que tange à segunda coleção
analisada, Português Linguagens (CEREJA E MAGALHÃES, 2010), percebemos uma
maior preocupação em trabalhar com a oralidade, ainda que com pouca frequência, uma
vez que nela predominou a abordagem de produções escritas, porém, as produções
envolvendo gêneros orais eram melhores orientadas em relação à primeira coleção.
Entendemos, contudo, que, mesmo havendo um avanço, como constatamos, ele ainda é
muito tímido a julgar pelas inúmeras e contínuas discussões suscitadas acerca do ensino
de oralidade e, mais, especificamente, acerca da forma como ela é trabalhada nos LD,
principais suportes da prática docente. |
pt_BR |