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O presente artigo analisa algumas representações do assombroso e, mais especificamente, do
Diabo, nas histórias de botijas contadas em cordéis. Apresenta, através da bibliografia sobre o
tema, alguns elementos comuns a essas narrativas, bem como conceituações propostas por
autores que as têm analisado na busca de melhor compreender seus aspectos oníricos,
místicos, e indiciadores de valores culturais presentes no cotidiano de diferentes épocas e
espaços. Através da leitura analítica de uma produção de estudos relativa ao tema e dos
folhetos de cordéis, Kung-Fu e Satanás arrancando uma botija, de José Soares e O caçador Zé
Caetano e a voz do Pai da Mata, de Francisco Sales Arêda, observa-se as tramas narrativas,
que envolvem a comunicação entre os mundos dos vivos e dos mortos, os contrastes entre as
representações do Diabo presentes nessas histórias e àquelas oficialmente difundidas pelo
Cristianismo. Aponta-se ainda que, junto com as representações e imagens acerca do tema, se
pode notar uma série de sobrevivências de religiosidades e tradições distintas que compõe
aspectos da cultura e das tradições da região Nordeste do Brasil. |
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