dc.description.abstract |
No Brasil, a saúde dos presidiários tem sido foco de alguns estudos, contudo, pesquisas relativas à saúde bucal desse grupo ainda não têm sido priorizadas, constatando-se pela ausência de estudos sobre o assunto, nas bases de dados. Este estudo objetivou avaliar o uso dos serviços odontológicos e as condições de saúde bucal dos presidiários condenados no município de Guarabira- PB. Tratou-se de um estudo transversal, realizado na Penitenciaria João Bosco Carneiro no período de 12 a 18 de dezembro de 2011. A amostra, selecionada de forma sistemática, resultou em 39 presidiários. Os resultados mostraram que 43,5% dos presidiários encontrava-se na faixa etária de 20 a 30 anos. Com relação a escolaridade, 23,1% da amostra revelou ser analfabeta e 46,2% não chegou a concluir o ensino fundamental. Quando questionados sobre a utilização de serviços odontológicos em algum momento da vida, todos os indivíduos da amostra afirmaram já ter consultado um cirurgião-dentista. Com relação a ultima consulta odontológica, 82,1% aconteceram a menos de um ano, 5,1% entre dois e três anos e 12,8% há três anos ou mais. Das quais, 76,9% ocorreram no presídio, 17,9% em algum serviço público fora da prisão e 5,1 no serviço privado. Sendo a exodontia o procedimento realizado em mais da metade dos procedimentos (51,3%). A média do Ìndice de dentes cariados, pedidos e obturados (CPO-D) correspondeu a 18, 05 (±5,8), com o componente perdido apresentando a maior média. Tais achados evidenciam a necessidade de uma orientação do serviço odontológico, visando à prevenção de novas perdas dentárias e de reabilitação dos danos já instalados, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida deste grupo de indivíduos, buscando contribuir com a futura reintegração social dos mesmos. |
pt_BR |