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Na pós-modernidade com a supervalorização do consumo, o indivíduo busca menos os interesses coletivos na saúde pública, o presente estudo tem como objetivo investigar como os usuários do sistema público da cidade de João Pessoa - PB percebem sua relação com a saúde pública: se na condição de cidadãos ou de clientes. Tratou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem qualitativa. Participaram de forma não probabilística e acidental 22 pessoas, dos sexos masculino e feminino, da população em geral, acima de dezoito anos e residentes nesta cidade. Os participantes foram abordados em praças públicas e logradouros. Os contatos para a realização da entrevista foram feitos nos horários e locais mais convenientes para os participantes, que foram devidamente informados do objetivo da entrevista e do destino dos dados obtidos. Depois de aceitar participar, foi solicitado que o participante assinasse o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e, em seguida, foi feita a aplicação dos instrumentos e gravadas as entrevistas mediante a sua autorização. Os dados dos questionários foram analisados por meio de estatística descritiva (frequência). Já os dados da entrevista foram analisados através da análise categorial temática. Os resultados indicaram a emergência de três categorias temáticas e suas respectivas subcategorias: Vivência com os profissionais do SUS (subcategorias: 1. Atendimento desumano; 2. Má relação; 3. Insatisfação); Expectativas frente aos profissionais do SUS (subcategorias: 1. Positivas; 2. Negativas); Responsabilidade de melhoria do SUS (subcategorias: 1. Governo; 2. Cidadão). Após a análise dos dados foram efetuadas reflexões sobre os mesmos, visando uma mobilização do controle social para a melhoria na qualidade do serviço público em saúde. Foi identificada postura consumista/individualista por parte dos profissionais e dos usuários pela falta de atenção, forma não cuidadosa, pela relação fragmentada, narcísica e de insatisfação na vivência do SUS. A maioria dos participantes adota postura individualista não acreditando que os usuários do SUS, com engajamento, possam melhorar a qualidade do atendimento do serviço de saúde. Para uma pequena minoria dos participantes, cabe ao cidadão promover ações que possam proporcionar a melhoria do SUS. Da mesma forma são poucos os profissionais compromissados que oferecem um atendimento mais humanizado para com os usuários do serviço de saúde pública, identificando-se, dessa forma, a postura cidadã/coletiva nos participantes e nos profissionais, respectivamente. |
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