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O acidente vascular cerebral (AVC) é considerado um problema de saúde
pública mundial, pela alta mortalidade da doença, sobretudo em países de baixa renda.
O tempo entre o início dos sintomas e o tratamento adequado, associado com melhor
otimização dos recursos, como capacitação continuada de profissionais,
disponibilização de tomografia de crânio e trombólise com ativador de plasminogênio
tecidual recombinado (rt-PA), são cruciais para atenção qualificada destes pacientes,
aumentando a chance de recuperação. Neste sentido, a implementação de unidades de
cuidado do AVC, é recomendada com nível de evidência A para o melhor tratamento da
doença. No presente estudo, avaliou-se o impacto da implementação de unidade de
cuidados para AVC no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande-PB
(HETCG). Verificou-se mortalidade por AVC de 19,5%, dentre as demais causas
naturais, no período compreendido entre 2011 e 2014. Contudo, observou-se, ao longo
do período estudado, melhor acurácia diagnóstica do tipo de AVC, diminuição da
mortalidade por AVC entre os pacientes procedentes da cidade de Campina Grande e
redução da mortalidade por AVC no 1° dia de internação, indicando melhor otimização
do serviço em relação ao atendimento emergencial. Por outro lado, a persistência de
tempo médio de 7,5 dias entre a admissão e o óbito, pode estar relacionada a falha na
condução do tratamento ou prevenção de complicações durante a internação, exigindo,
do gestor local, estratégias para qualificação do cuidado ao AVC após o acolhimento e
estabilização inicial do paciente. |
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