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A mata Atlântica é uma das principais prioridades para a conservação da fauna e da
flora brasileira. Como remanescentes dessa floresta, os brejos de altitude do
nordeste cobrem algumas serras e planaltos, inclusive a Borborema, onde está
localizada a Serra do Espinho, entre os municípios de Pilões e Cuitegi, no estado da
PB. A presente pesquisa objetiva realizar um estudo do processo de regeneração da
biodiversidade nos espaços ocupados pelas comunidades rurais Veneza, Ouricuri,
Poço Escuro e Titara, na Serra do Espinho, Pilões/PB e seus diversos usos, para
diagnosticar a situação atual e sugerir ações para a preservação das espécies
existentes. A metodologia seguiu a proposta de Mueller-Dombois & Ellenberg
(1974), Rodal et al., (1992) e Araújo & Ferraz (2004) que consistiram em quatro
unidades amostrais, na medida de 10m x 10m, sendo uma unidade amostral para
cada comunidade. Para o levantamento das espécies da fauna, trabalhou-se
concomitantemente ao levantamento da vegetação. Seguiu-se uma tabela
preenchida de acordo com as informações dadas por pessoas da comunidade,
constando o nome vulgar e o nome científico de cada animal. A área de cobertura
vegetal amostrada na Serra do Espinho é formada por 165 indivíduos, pertencentes
a 17 famílias, sendo que 148 espécies foram identificadas e 17 estão
indeterminadas. As espécies com maior incidência em representação da flora
estudada foram o Astronium fraxinifolium Schott ex Spreng. da família
Anacardeacea, com 41 indivíduos, Inga vera subsp. affinis (DC.) T.D. Penn. da
família Fabaceae , representada por 28 indivíduos, Guazuma ulmifolia Lam. da
família Malvaceae, com 16 indivíduos e Cordia goeldiana Huber. da família
Boraginaceae com 20 indivíduos dentro da amostra. Os quantitativos das seguintes
espécies da fauna: 38 espécies de aves; 13 espécies de mamíferos; 13 espécies de
repteis; 8 espécies de peixes e crustáceos, comumente vistas nas quatro
comunidades da Serra do Espinho. Esses resultados demonstram a riqueza das
espécies animais nessa região. Contudo, estão extremamente ameaçadas, devido à
fragmentação da cobertura vegetal. A biodiversidade da Serra do Espinho corre o
risco de extinção e perda de várias espécies, caso não seja estabelecida,
urgentemente, a tomada de decisão pelos órgãos competentes, para respeitar o que
reza a Lei de Crimes Ambientais (Lei N.º 9.605/98). |
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