Serafim Nestor da Rocha, "seu Yoyô" - de Umbuzeiro à Cajazeiras - a trajetória política, econômica e social de um humanista, visionário e empreendedor

Abstract

O trabalho monográfico sobre o Sr. Serafim Nestor da Rocha, visa esclarecer a sua história e trajetória política econômica e social e ideológica em várias faces de sua vida, começando na sua cidade Umbuzeiro-PB. Onde trabalhou no comercio do seu pai Manoel Ferreira da Rocha, do seu avô Antônio Joaquim de Sousa Lyra negociantes no ramo de secos e molhados, padaria e lojas de tecidos. Portanto a convivência do jovem (adolescente) Serafim Nestor da Rocha com os políticos e pessoas importantes de Umbuzeiro, era um processo natural devido às circunstancias desta cidade no contexto histórico e de grandes vultos políticos e intelectuais antes e depois (1930) e berço das famílias Bandeira de Melo, Pessoa de Albuquerque e os Lyra Tavares. Destacando-se: Presidente Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa, Presidente João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, Presidente João Suassuna (1924-1928, juiz municipal em Umbuzeiro), Coronel Antonio da Silva Pessoa que governou entre 1915 a 1916, Francisco Assis Chateubriand Bandeira de Melo (1892/1968, empresário, Senador e Embaixador em Londres), o seu Pai o Juiz Francisco Chateubriand Bandeira de Melo, Francisco Pessoa de Queiroz Empresário Embaixador. Serafim Nestor da Rocha em 1915 com 18 anos se estabeleceu em Campina Grande onde foi trabalhar no comercio de couro e algodão na Empresa Rossbach Brazil Company de origem americana, tendo ali iniciado a sua formação ideológica e devido a ligação política e comercial do seu cunhado e patrão José Guedes Pinheiro muito ligado a família do político Cristiano Lauritzen. Devido os contatos e as viagens (a trabalho) pelo Cariris e Sertões negociando com couro e algodão tendo contato e convivência com vários proprietários de terra e políticos a onde se ouvia e discutia os problemas envolvendo-se cada vez mais com a política regional. Em 1926 se estabelece com comercio em Patos onde vem constituir matrimônio com Francisca Lustosa Cabral, família envolvida na política e na sociedade local com o poder político controlado pelo Coronel Miguel Sátyro. Em 1930 com o assassinato de João Pessoa seu conterrâneo e sua aproximação com o Promotor Plínio Lemos sobrinho do Secretário Dr. José Américo de Almeida e Adegilson Olinto de melo ligado a José Américo de Almeida ao Major João Costa comandante do Quartel Polícia de Patos e Dr. Salviano Leite Rolim político influente da Região de Piancó. Com a vitória da Aliança Liberal na Revolução de 30 assume a chefia dos Correios e Telégrafos em Piancó na administração de Salviano Leite de 1930 a 1934 com harmonia e prosperidade. Em 1935 assume a chefia dos Correios Telégrafos em São José dos Cordeiros a pedido de Adelgílson Olinto de Melo (na época prefeito de Patos) e do interventor Gratuliano Brito ambos naturais desta cidade. São José dos Cordeiros na ocasião existia uma rixa política com as famílias Galdêncio e Brito reflexo da Revolução de 30, Serafim Rocha entrou em atrito com o Coronel Nestor Lima correligionário dos Britos pertencente ao seu partido ligado a Revolução de 30 quando solicitou a Serafim Rocha que violassem as correspondências dos Galdêncios, Serafim não aceitou e foi ameaçado de morte por Nestor Lima, a partir deste ato violento se tornaram inimigos com agravamento da situação em decorrência das desavenças entre estas duas famílias houve um tiroteio com varias mortes obrigando Serafim Rocha com a ajuda de Salviano Leite a se mudar para Cajazeiras onde teria a segurança e apoio do Prefeito Joaquim Matos Gonçalves Rolim (tio de Salviano) e do Padre Fernando Gomes Lustosa (primo da sua esposa) residente em Cajazeiras. Com tranquilidade e o apoio da Igreja tendo como canal Monsenhor Abdon Pereira. Serafim Rocha encontrou um ambiente propício para empreender e prosperar trabalhava nos Correios dirigia uma empreiteira (prestava obras Prefeitura) com os lucros fundou o Barrio da Camilo de Holanda, construiu 32 casas doou o terreno para construção de um colégio e ajudou na construção da Igreja São João Bosco e como reconhecimento foi homenageado cidadão cajazeirense.