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O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como tema COTAS SOCIAIS
E RACIAIS: A TRAJETÓRIA ESCOLAR DA POPULAÇÃO NEGRA NA
PARAÍBA. O trabalho surgiu das discussões e inquietação desencadeada no Projeto de
Iniciação Cientifica denominado “Histórias de Mulheres Negras Paraibanas: a
construção da identidade negra e afirmação da cidadania”, financiado pelo
PIBIC/CNPQ. Uma das discussões que fizemos no projeto e que trazemos para este
trabalho é sobre a escolaridade da população negra. Para isso, buscamos o contexto
histórico em que o (a) negro (a) se encontra desde o período pós abolição aos dias
atuais, sobretudo, na Paraíba que de acordo com TELLA, a população negra
corresponde a 60%. Ao longo das pesquisas e debates, chegamos as politicas públicas
voltadas para as populações marginalizadas como as políticas das cotas sociais e raciais
no Brasil e de como essas práticas contribuem para a ascensão educacional do negro (a).
No primeiro momento partimos para leitura e escrita de autores que discutem sobre: a
população negra paraibana/brasileira, história, cotas, escravidão, ações afirmativas,
identidade negra, ensino superior e racismo. Os referenciais teóricos deste trabalho se
ancoram nas discussões de alguns pesquisadores (as), tais como: Azevedo (2004),
Rocha (2011) Burke (2008), Gomes (1992- 1993, 1996- 2012), Alberti (2008), Chagas
(2010), Rocha (2006), Queiroz (2001- 2012), Certeau (2010), Santos (2005- 2006),
Azevedo (2004). Em seguida, nada mais justo do que recorrer aos sujeitos, ou seja, as
pessoas que usufruíram das cotas e assim acessaram a universidade pública na Paraíba.
Nosso campo de pesquisa foi o campus III da Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB), que até o ano de 2014 possuía as cotas sociais, como forma de acesso para
muitos universitários (as). Aplicamos assim, questionários a sessenta estudantes dos
cursos de: Direito, Geografia, História, Letras Inglês, Letras Português e Pedagogia.
Com o proposito de compreender o processo de inserção educacional do negro (a)
paraibano (a) ao ensino superior, concluímos que no universo de 60 entrevistados (as)
apenas 8% dos estudantes são negros (as), o que contraria os 60% de negros/as na
população paraibana. Esses dados demonstram a importância das cotas raciais no acesso
ao ensino superior, visto que as cotas sociais não chegam a contemplar o contingente
negro. |
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