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A Serra do Espinho é o nome dado às elevações situadas na vertente oriental do Planalto da
Borborema, na área ocupada pelo município de Pilões/PB, em direção ao município de
Cuitegi/PB. Apesar de ser um ambiente ocupado por pequenas comunidades, de proporcionar
a produção agrícola e pecuária, a manutenção de florestas e animais e ainda ter forte potencial
turístico, essa área possui muitas limitações e instabilidades por conta do relevo acentuado e
impermeabilidade de seus solos, sujeitos a constantes deslizamentos. Nesse contexto,
objetiva-se contribuir para o conhecimento dos recursos naturais com vistas à implementação
do geoturismo na área. Os métodos utilizados na pesquisa seguiram os pressupostos escritos
por Ab‘Sáber (1969) e Tricart (1977), tendo a Teoria Geral dos Sistemas como base para um
estudo integrado do meio ambiente. Os estudos foram divididos em etapas de gabinete, com
pesquisas preliminares de revisão de literatura e trabalhos de campo; na área da pesquisa
foram coletadas todas as informações necessárias para confirmar a verdade terrestre e
atualização de dados tais como levantamento geológico-geomorfológico, estudos hidroclimatológicos,
solos e biodiversidade, uso e ocupação do solo; e em laboratório foram
elaboradas as análises de solos e o mapa básico das trilhas. A Serra do Espinho está dividida
em dois períodos geológicos e três unidades estratigráficas distintas. O relevo modela vales
em ―V‖. Apresenta índice pluviométrico com média de 1200 mm e os solos são rasos nas
encostas e profundos nas várzeas. A amostra de perfil de solo analisado é um ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO Distrófico arênico abrúptico rico em matéria orgânica. As espécies
com maior incidência em representação da flora no levantamento florístico são o Inga vera
subsp. affinis (DC.) T.D. Penn. da família Fabaceae com 25 indivíduos e Guazuma ulmifolia
Lam. com 11 indivíduos da família Malvaceae. A área é ocupada por algumas comunidades
(Ouricuri, Poço Escuro, Titara e Veneza). A região oferece potencial para a prática do turismo
rural, capaz de desenvolver o ecoturismo, o turismo de aventura e o geoturismo. Para tal, fezse
um mapeamento das principais trilhas que ligam as comunidades da Serra do Espinho e que
já são utilizadas como via de acesso a essas comunidades. Foram mapeados 12 km de trilhas
que podem facilitar o acesso aos potenciais turísticos locais. A partir desses resultados,
concluiu-se que é preciso desencadear um processo de conscientização com relação ao melhor
uso do conjunto de recursos naturais da Serra do Espinho, bem como em sugerir que os
moradores locais e os usuários (turistas) se apropriem desses potenciais turísticos com
consciência ambiental melhorando às atuais práticas de exploração desses espaços naturais. |
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