Resumo:
O sistema desigual de posse de terra brasileira é tão antigo quanto à própria colonização, com
a implantação das capitanias hereditárias. Desde então, a elite fundiária vem criando
mecanismos para impedir a realização da reforma agrária, a exemplo da Lei de Terras em
1850 e a aliança entre as oligarquias rurais e urbanas após a crise de 1929. Foi apenas a partir
da década de 1950 que os camponeses começaram a se articular através de movimentos
sociais de luta pela terra, pressionando o governo e fazendo com que fossem implantados os
primeiros assentamentos rurais no Brasil. Nessa perspectiva, o presente trabalho objetiva
analisar o processo de formação do assentamento Tanques em Dona Inês/Riachão PB, bem
como as condições de vida e trabalho dos assentados após a criação do PA. Nesta pesquisa
apresentamos ainda uma reflexão sobre a atuação das Ligas Camponesas e do regime militar
na reforma agrária brasileira. Em uma sequencia histórica lógica, apresentamos e discutimos
dados sobre a reforma agrária após a redemocratização do país, em nível nacional e no estado
da Paraíba. E por fim, fizemos um estudo mais aprofundado sobre o assentamento Tanques,
buscando compreender todo seu processo de formação e sua dinâmica interna.
Descrição:
GUEDES, C. E. de O. Reforma agrária e territorialidade camponesa: um estudo de caso do Assentamento Tanques nas cidades de Dona Inês/Riachão PB. 2017. 48f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2017.