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As mudanças climáticas apresentam riscos significativos para a humanidade,
impactos atuais variam entre a perda da produtividade das terras e aos diversos
impactos para os ecossistemas. Os povos tradicionais detêm um intrínseco
conhecimento sobre o tempo e o clima, obtido de forma empírica e perpetuada pelas
gerações. A pesquisa objetiva registrar os conhecimentos tradicionais sobre as
experiências de inverno e seca da comunidade rural de Passassunga no município
de Guarabira-PB, Nordeste do Brasil. Estudando os indicadores ambientais que
norteiam a profecia da chuva e seca nessa localidade e averiguar até que ponto
essas experiências podem orientar as práticas produtivas dessas populações de
acordo com as suas experiências. Os dados necessários para este estudo foram
coletados no período de um ano, de abril de 2016 a abril de 2017, utilizando técnicas
de amostragem “bola de neve”, constituído pela aplicação de um formulário com
perguntas semiestruturadas com 10 agricultores sendo três mulheres e sete
homens, conhecedores dos sinais de inverno e seca. Contatou-se que, os
informantes da pesquisa dispõem da confiabilidade de suas observações em face
dos diversos fenômenos da natureza, elementos da fauna, flora, insetos, dias santos
e fenômenos atmosféricos, que corroboram nas previsões de seca e inverno. Notou-
se a preocupação dos especialistas locais com o desaparecimento de pássaros e
plantas, que são utilizadas no cotidiano dos “profetas”, tal fato vem interferindo na
realização das experiências com mais eficácias. Destacar a importância do
conhecimento tradicional, aliando-se aos estudos científicos dos órgãos de
pesquisa, contribuindo com melhores previsões quanto os eventos cíclicos (chuva-
seca). |
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