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Neste artigo, proponho uma reflexão sobre os processos de organização popular no
Assentamento Redenção do município de Pilões-PB, como uma reação coletiva dos
trabalhadores às relações de trabalho existentes e como isso interferia nos processos de
sobrevivência desses moradores. Esse material é resultado de um levantamento
bibliográfico de alguns autores/pesquisadores que trazem uma grande análise dos
processos de reforma agrária na Paraíba e, em especial, na região do Brejo. Agregada a
estas pesquisas estão os relatos orais dos moradores da própria área de Assentamento, estes
que tiveram grandes experiências enquanto trabalhadores assalariados da antiga Usina
Santa Maria. Desta forma, foi formada uma sequência temática de quatro seções, que irão
tratar da luta e servirão para entendermos sua importância neste processo, sendo assim: a
primeira seção, que tem como título: A questão agrária: fatos importantes na historiografia
brasileira; a segunda seção: Os movimentos sociais como agentes essenciais no
fortalecimento da organização popular; a terceira seção: Da Usina Santa Maria ao
Assentamento Redenção e a quarta seção: A resistência: a luta pela desapropriação das
terras da Usina Santa Maria. É de grande importância que exista o entendimento destas
experiências de sobrevivência, resistência e luta no Assentamento Redenção, que carrega
várias peculiaridades que lhe dão ainda mais valoração. Dentre elas, podemos destacar que
foram situações geradas pelos próprios trabalhadores e dos movimentos sociais, dentro de
suas inquietações para a garantia da terra, fator essencial motivador para todo o processo
de resistência. Sendo assim, entender esses processos nos fará perceber. que no
Assentamento Redenção está guardada uma história de luta que difere de tantas outras,
pelo fato de ser uma organização dos moradores para os moradores.
Palavras-chave: direito a terra; moradores; sobrevivência; organização popular;
resistência; luta; identidade social; conquista. |
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