Resumo:
O trabalho enuncia arranjos institucionais para cooperação internacional no contexto científico-tecnológico de energia renovável, especialmente, fundamentados na infraestrutura da Terceira Revolução Industrial prenunciada pelo notório pensador Jeremy Rifkin. Esses arranjos institucionais consistem em novas formas de cooperação humana, modos de vida, produção e consumo que devem suceder no âmbito internacional em função do desenvolvimento e da disseminação de tecnologias orientadas para a sustentabilidade baseada em energia renovável. O referencial teórico do trabalho engloba: (a) contexto da globalização; (b) organizações internacionais; (c) energia renovável; e (d) cooperação internacional. Os procedimentos metodológicos adotados no trabalho incluem: (a) pesquisa exploratória quanto aos fins; (b) pesquisa bibliográfica e documental quanto aos meios; e (c) pesquisa qualitativa quanto à forma de abordagem. Os arranjos institucionais para cooperação internacional no contexto científico-tecnológico de energia renovável associados à infraestrutura da Terceira Revolução Industrial estão alicerçados em cinco pilares: (a) transição de energia não renovável para energia renovável; (b) conversão de edificações em usinas geradoras de energia renovável; (c) tecnologias de armazenamento energético na infraestrutura de energia renovável; (d) redes inteligentes de distribuição e compartilhamento de energia renovável; e (e) transfiguração dos meios de transporte para utilização de energia renovável. O trabalho evidencia as diversas sinergias factíveis entre esses pilares que devem gerar novo paradigma econômico baseado em energia renovável, consentaneamente, dotado de extraordinário potencial no sentido de ocasionar múltiplas transformações no mundo. Nesses termos, as relações de poder devem evolver de forma horizontal (lateral), favorecendo a participação e a cooperação de numerosos entes locais que operam ao lado de entes globais em vastas redes formadas e disseminadas no âmbito internacional. O trabalho denota como a mudança do poder vertical para o poder horizontal (lateral) deve transfigurar não apenas a atividade econômica como também a atividade política e a atividade cultural nos países em geral. O trabalho enuncia como as uniões continentais ora formadas em termos econômicos e políticos para governanças continentais estão constituindo a infraestrutura da Terceira Revolução Industrial. As uniões continentais enunciadas no trabalho abrangem: (a) a União Européia (UE), na Europa; (b) a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ANSA), ou Association of Southeast Asian Nations (ASEAN), na Ásia; (c) a União Africana (UA), na África, (d) a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), na América do Sul; e (e) o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (TNALC), ou North American Free Trade Agreement (NAFTA), na América do Norte. Por fim, o trabalho conclui que os arranjos institucionais para cooperação internacional no contexto de energia renovável devem transfigurar as relações internacionais no sentido de redundarem priorizadas cada vez mais a ética global e a política mundial da biosfera terrestre. Essas transfigurações exigirão as concomitantes consciências elevadas de todos os participantes na viagem evolutiva da raça humana na Terra em relação à biosfera terrestre. Desse modo, a comunidade global consciente da biosfera poderá, enfim, renovar o planeta para futuras gerações.
Descrição:
FARIAS, P. A. S. S. de. Arranjo institucional para cooperação internacional no contexto científico-tecnológico de energia renovável. 2014. 74f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2014. [Monografia]