Resumo:
O trabalho “Arquipélago Chagos: o roubo de uma nação” discutiu o caso do povo de Chagos, forçadamente removido de sua terra natal entre 1968 e 1974, para que este local cedesse espaço a uma base militar estadunidense. O arquipélago, no momento anterior ao ocorrido, fazia parte do território da República de Maurício, que, por sua vez, encontrava-se na condição de colônia britânica até 1968. O Arquipélago Chagos possui localização estratégica no meio do Oceano Índico, equidistante de todos os pontos do continente ao redor, dessa forma, foi fundamental para a geopolítica dos Estados Unidos conseguir um acordo com o Reino Unido a fim de alugar a Ilha de Diego Garcia, a maior do arquipélago, visando a construção de sua base militar. Uma das exigências do contrato era a completa evacuação dos habitantes das ilhas. A literatura que trata desse assunto, deixa claro que se tratou de uma clara violação aos direitos humanos dessa população. Apesar desse fato ter acontecido há cerca de cinco décadas, não há muitos registros acadêmicos no mundo, e especialmente no Brasil, acerca desse tema nas áreas de Relações Internacionais e de Direitos Humanos. A pesquisa analisou os aspectos históricos e culturais dos chagossianos desde a chegada dos primeiros povos a este local, procurando saber como se dava o modo de vida dessa população até o momento de sua remoção e, procurou listar as consequências políticas, econômicas e culturais que os chagossianos vêm sofrendo desde o início do processo de remoção forçada iniciada na década de 1960.
Descrição:
GONÇALVES, J. C. Arquipélago Chagos: o roubo de uma nação. 2017. 28f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2017. [Artigo]