Resumo:
A pesquisa teve como objetivo analisar o processo de territorialização do Assentamento Florestan Fernandes, localizado no município de Pilões/Paraíba/Brasil, no contexto da Microrregião do Brejo e Mesorregião do Agreste Paraibano, onde se desenvolveu durante muito tempo o capital agrário das produções de cana-de-açúcar. Este território camponês ocupa atualmente as terras do antigo Engenho Poções, e carrega em seu processo histórico geográfico fortes transformações no que tange a dinâmica social, econômica e a reprodução do trabalho no campo. Nesta perspectiva, o Assentamento Florestan Fernandes configurou-se como um território produto da luta de classes, que teve como agentes sociais, os trabalhadores/moradores do engenho e os Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que diante do protagonismo das disputas e conflitos territoriais originaram no decorrer dos anos um processo de des(re)territorialização. Frente a necessidade de compreender as contradições existentes neste território agrário e as relações desenvolvidas entre os possuidores de terra e os despossuídos desse bem, a metodologia deste estudo esteve pautada nas pesquisas documentais e bibliográficas, bem como na relevância dos trabalhos de campo, com entrevistas semiestruturadas, onde valorizou-se a interação entre sujeito pesquisado e sujeito pesquisador. Observou-se que o recorte territorial em questão foi palco de grandes mudanças nas relações de trabalho e dinâmicas territoriais e que este produto da reterritorialização camponesa têm apresentado melhores formas de vivência e permanência no campo, todavia, notou-se existir uma carência de investimentos governamentais, que interferem no processo de desenvolvimento territorial do Assentamento Florestan Fernandes.
Descrição:
BARROS, R. C. de. Formação territorial e luta pela terra no assentamento Florestan Fernandes - Pilões/PB. 2017. 56f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2018.