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O trabalho objetivou caracterizar a variação na estrutura ficoperifítica de diferentes plantas aquáticas de reservatórios rasos de quatro bacias hidrográficas da Paraíba, sob distintas condições climáticas. A amostragem ocorreu nos períodos de estiagem (2014) e chuvoso (2015). Em cada ecossistema foram selecionados até quatro plantas, conforme sua abundância local e retiradas partes destas para o estudo quali-quantitativo. A densidade ficoperifítica (ind/gMS) foi adaptada para o peso seco do substrato. Foi realizada uma PERMANOVA a fim de verificar a variação das variáveis abióticas e da estrutura da comunidade aquática, utilizando a matriz de densidade ficoperifítica, considerando como fatores investigativos aspectos sazonais (período e clima) e do substrato (forma biológica e espécie da planta aquática). Para verificar quais espécies eram indicadoras de cada clima (tropical úmido e semiárido) foi realizada Análise de Espécies Indicadoras. Para relacionar os fatores bióticos e abióticos foi feito uma ACC. O teste-t mensurou a variação entre fatores abióticos. A estruturação do ficoperifíton não teve relação com aspectos do substrato (p>0,05), mas com aspectos sazonais: clima (p< 0,05) e período (p<0,05). Cinco espécies foram indicadoras do clima BSh, e apenas uma espécie do clima AS. A ACC mostrou que apenas 23,2% dos dados puderam ser explicados pelos fatores ambientais, sendo pH, secchi, profundidade, infestação de macrófitas e temperatura, os parâmetros mais explicativos na separação das espécies e dos ambientes. As plantas possuem reconhecido papel no desenvolvimento ficoperifítico, entretanto os fatores em macroescala como os tipos e períodos climáticos foram mais relevantes na estruturação da comunidade ficoperifítica. |
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