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O estudo de episódios históricos pode representar uma das alternativas para se analisar o passado da História da Ciência. Um exemplo de episódio é o da queda dos corpos, teoria elaborada por Galileu Galilei, no século XVII. Lidar com questões fora do “senso comum” pode causar muitas discordâncias e desconfortos, assim foi o que aconteceu com Galileu ao tratar do movimento dos corpos cadentes, devendo-se a diversos fatores (religiosos, filosóficos, epistemológicos, dentre outros). As explicações que Galileu dá à queda dos corpos estão or-ganizadas em forma de diálogo, tendo como principais personagens Salviati (porta-voz gali-laico), Simplício (aristotélico) e Sagredo (ávido por conhecimento); esse diálogo entre os três personagens é conduzido pelas discordâncias e “entendimentos” do que seria o movimento, suas explicações físico-matemáticas, dentre outras questões. Desse diálogo foram utilizados alguns trechos neste trabalho (trechos encontrados em fontes secundárias), mostrando como Galileu construiu o seu raciocínio acerca do movimento de queda dos corpos. Sendo assim, este texto se propôs a apresentar o episódio de “Galileu e a queda dos corpos”, intentando-se descrever como foi elaborada sua teoria para o respectivo movimento, quais dificuldades foram enfrentadas, quais prováveis barreiras epistemológicas foram transpostas para que sua teoria fosse estabelecida ou não. Procurou-se responder aos questionamentos: Definimos Gali-leu como empirista ou racionalista? De um modo geral, os cientistas e a ciência têm um cará-ter mais racionalista ou mais empirista? |
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