Resumo:
O presente trabalho propõe refletir sobre o ensino língua portuguesa considerando o uso dos pressupostos sociolinguísticos das teorias às práticas pedagógicas em sala de aula, demonstrando as variantes englobadas na língua, proporcionando discussão sobre a importância de se trabalhar essas variações, no intuito de tornar o ensino/aprendizagem dessa língua mais dinâmico, dialógico, pragmático e que seja prazerosa para os alunos, superando a perspectiva tradicional e histórica de erro linguístico. Para isto, utilizamos o método bibliográfico de caráter especulativo visando compor um panorama dos estudos realizados em sociolinguísticas e suas implicações no ensino de língua materna. Além, pressupomos que promover este tipo de reflexão em sala de aula contribui diretamente na formação de sujeitos críticos e conhecedores das diversas variantes linguísticas, bem como o contexto de uso e aceitabilidade de cada uma. Ressaltamos ainda que o papel da escola, no que concerne à linguagem, é ensinar a língua a partir de práticas situadas, estas, por sua vez, são, inerentemente, permeadas pelas variações dentro das comunidades de prática (ECKERT, 2005). Fundamentamos nossa pesquisa em Hora (2011, 2015) Silva (2016), Fiorin (2008, 2009), dentre outros que partilham do entendimento da língua enquanto variável e que, por conseguinte, suas variantes devem ser compreendidas dentro do contexto educacional como representativas de comunidades de práticas e não como erros. Dessa maneira, acreditamos que seja indispensável desmistificar as variantes linguísticas como erro, cabendo ao docente desenvolver uma cultura crítica que vá além da compreensão única e exclusiva da norma padrão.
Descrição:
CAVALCANTE, C. B. D. A sociolinguística e o ensino de língua portuguesa. 2017. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) - Universidade Estadual da Paraíba, Catolé do Rocha, 2017.