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O presente artigo discorre sobre a relação de apoio mútuo, colaboração, acordos, troca de favores, dentre outras coisas que evidenciam a tamanha intimidade e entrosamento da Rede Globo de Televisão – de propriedade do jornalista e empresário Roberto Marinho – com a Ditadura Civil-Militar a qual foi instalada no Brasil em 1964, chegando ao fim em 1985, após vinte e um anos. O golpe que destituiu o presidente João Goulart, em 1964, teve apoio de muitos nomes oriundos de classes civis, e entre estes, figurava o de Roberto Marinho, seu apoio não resumiu-se apenas a tomada do poder, e sim perdurou durante todo o regime, período em que a Rede Globo de televisão firmou-se como a mais importante emissora do país. Entre os objetivos do governo militar, estava o projeto de integração nacional, no qual Roberto Marinho e sua emissora tiveram significativa atuação, disseminando por todo país uma deturpada imagem do Brasil, exaltando o governo, transmitindo uma ideia de Brasil grande, moderno, desenvolvido, limpo. Conceitos muito distantes da verdadeira face da nação. Nessa busca pela criação de uma positiva imagem do país, a programação da globo transmitia uma falsa face do governo e da nação, com destaque para seu principal telejornal – 0 Jornal Nacional – e o programa Amaral Netto, o Repórter, este muito se destacou, era considerado o porta voz da ditadura, levando aos telespectadores somente aquilo que engrandecesse o regime, caso contrário, o tema não passaria da redação. |
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