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Neste artigo discutimos a importância da reforma psiquiátrica no Brasil, com destaque para o município de Sapé. A reforma psiquiátrica no Brasil ganhou força na década de 80, criando rasuras na história da psiquiatria, onde o hospício e a psiquiatria, que até então era responsável pelo tratamento da loucura, passam a ser contestado por outras áreas do saber como a psicanalise e a psicologia, no período que a reforma ganha força o Brasil passa por grandes transformações no cenário político, com o fim da ditatura e o retorno da democracia, os movimentos daquela época lutavam por um país menos desigual, com uma política que utilizava estratégias discursivas com proposta de combater as práticas vigentes, é nesse contexto que é inaugurado o primeiro CAPS-Centro de Atenção Psicossocial, que buscava reconstruir uma relação entre os pacientes e seus familiares, com um tratamento mais humanizado, para ganhar um amplo apoio para luta antimanicomial. Portanto, entendemos que a reforma psiquiátrica tem como objetivos questionar e propor novas estratégias para a transformação do modelo clássico e do paradigma da psiquiatria. O estudo foi realizado em um CAPS-ad III do município de Sapé, no qual participaram seis trabalhadores que atuavam há mais de um ano nesse serviço. O procedimento utilizado envolveu uso de fotografias e entrevistas semiestruturadas. A partir das entrevistas podemos perceber o que pensam os profissionais que hoje trabalham no CAPS sobre a reforma psiquiátrica e como é o funcionamento e as atividades propostas pela instituição enquanto um serviço substitutivo de saúde mental. Buscando identificar os avanços, desafios, dificuldades e mudanças que envolvem a prática dos profissionais e refletir sobre os problemas e desafios que são enfrentados. |
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