Resumo:
Ao longo da trajetória do feminismo diferentes estereótipos foram construídos sobre o movimento e suas militantes, baseados em representações pejorativas que participaram da elaboração de estigmas acerca dessas mulheres e seus ideais. No início do século XX no Brasil, encontramos um movimento feminista ainda incipiente, que aparecia comumente em defesa do voto, do trabalho fora do lar e de uma educação igualitária. Enquanto essas mulheres lutavam por direitos, diferentes discursos foram construídos sobre elas na tentativa de desqualificá-las. Por isso, procuramos fazer uma análise sobre como esses discursos assumem significados, tendo como fonte a imprensa escrita, que era o principal meio de comunicação da época, sendo grande difusora de ideias e formadora de opinião. Através de uma leitura da revista literária e noticiosa Era Nova (1921-1926), editada na Paraíba, procuramos fazer uma análise dos discursos antifeministas que então se configuravam, percebendo como esses discursos se manifestam enquanto formas de violência simbólica. Para tanto, procuramos estabelecer um diálogo entre a história das mulheres e a perspectiva de gênero como construto histórico, enveredando por caminhos inspirados pela história cultural.
Descrição:
SOUZA, V. D. de. Megeras, agressivas e revoltadas: uma análise dos discursos antifeministas na imprensa paraibana nos anos 1920. 2017. 34f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2018.