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O tratamento endodôntico tem como finalidade eliminar os microrganismos e suas toxinas dos canais radiculares mediante a instrumentação, irrigação, medicação intracanal e obturação dos condutos radiculares. Esta terapia radicular inicial pode resultar em insucesso por inúmeras razões, dentre as mais frequentes estar à falha em eliminar os microrganismos que estavam presentes no momento do tratamento inicial ou a reintrodução de microrganismos no sistema de canais radicular após o termino do tratamento inicial. Frente a tais dificuldades e limitações ao tratamento endodôntico convencional, desde que haja condições viáveis, deve-se indicar o retratamento do canal radicular e lançar mão de manobras auxiliares como a curetagem apical e/ou cirurgia parendodôntica como complemento da terapia, essa associação geralmente é bem sucedida, resultando na preservação de dentes que de outra maneira teriam de ser perdidos. O objetivo desse trabalho foi ilustrar e discutir um caso clínico, que recebeu tratamento conservador através de retratamento convencional e curetagem apical em um dente que já havia recebido previamente tratamento endodôntico convencional. O caso clínico foi relatado em etapas desde o diagnóstico da condição, remoção do material obturador, tratamento do canal radicular, no qual realizou-se preparo biomecânico pela Técnica de Oregon Modificada e empregou-se pasta de hidróxido Calen-PMCC® como medicação intracanal, e, tratamento cirúrgico por meio de curetagem periapical. Após preservação do caso, verificou-se, clinicamente, ausência de sintomatologia e, radiograficamente, reparação dos tecidos periapicais. Conclui-se que, mesmo em dentes que já receberam tratamento endodôntico, na presença de infecção, o retratamento endodôntico é indispensável para saneamento do canal radicular e que havendo necessidade de terapia cirúrgica complementar, a curetagem periapical pode ser uma modalidade cirúrgica viável para esses casos. |
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