Resistência e repressão: um olhar pós-colonial sobre a política imperialista britânica durante a Revolta dos Cipaios

Abstract

O presente artigo traz uma perspectiva analítica sobre a expansão e a implementação da política imperialista britânica na Índia, para isso suscita-se para o debate um momento conflituoso com a intenção de examinar como se deu a relação entre colonizador/colonizado, e assim explanar, à luz da teoria pós-colonial, como as decisões do passado podem incidir para que um modelo civilizatório mais ocidental seja consolidado, em detrimento da marginalização do Oriente. Portanto, o trabalho busca destacar as inferências do colonialismo e averiguar como o eurocentrismo era entendido como um modelo civilizatório universal à época. O corte temporal estabelecido para o estudo é justificado a partir da interpretação de que a revolta dos Cipaios foi historicamente observada como um marco que iniciou a luta dos indianos contra o expansionismo britânico, dessa forma a revolta é analisada no trabalho como uma variável bastante expressiva que demonstra a resistência do colonizado frente a dominação desempenhada pelo colonizador. O trabalho foi dividido em três seções, a primeira, apresenta a expansão do Imperialismo Britânico no território indiano durante o período colonial, a seção subsequente aborda a revolta e seus consequentes desdobramentos, e por fim, argumenta-se sobre as consequências e os resquícios do conflito que enfatizaram as dicotomias pós-coloniais, aplicando a teoria pós-colonialista. Será utilizado o método dedutivo e a pesquisa é desenvolvida de forma exploratória e bibliográfica. Como resultado da análise intenta-se indagar como os impactos do colonialismo podem ser préstimos para melhor entender as dificuldades do presente em países de recente independência.