Resumo:
O trabalho objetivou quantificar a influência dos aspectos geográficos e ambientais na estruturação do grupo Rotifera. As coletas foram realizadas em quatro bacias hidrográficas do estado da Paraíba, sendo estas Curimataú, Mamanguape, Paraíba (sub-bacia do rio Taperoá; e sub-bacia do baixo Paraíba) e Piranhas (sub-bacia do rio Espinharas). Foram escolhidos por sub-bacia quatro ecossistemas aquáticos rasos, totalizando 20 reservatórios. Em cada um destes foi escolhida uma estação amostral onde foram coletadas amostras de zooplâncton para identificação e contagem em laboratório. Também foram mensurados in situ dados abióticos e coletadas amostras de água para análise de nutrientes. Foi realizado o teste de Mantel que demonstrou que houve correlação apenas entre a matriz estrutural da comunidade Rotifera e a matriz espacial (rxy = 0,18, p<0,05). O Mantel parcial mostrou que a matriz abiótica não influenciou nessa relação (rxy.z = 0,18, p<0,05). A Análise de Correspondência Canônica (ACC) mostrou que houve uma proporção de explicação de 28,16%. Os dois eixos da ACC em conjunto explicaram 74,68% da variação dos dados, sendo o eixo 1 o que apresentou o maior percentual de explicação (42,38%). As variáveis latitude, longitude e precipitação foram selecionadas e significativas explicando a estrutura da comunidade. Portanto, os aspectos regionais, representados no estudo pelas variáveis latitude, longitude e precipitação, afetaram diretamente a estruturação do grupo Rotifera. Já os aspectos ambientais, influenciaram de forma secundária a estruturação do grupo, o que se deve ao fato da variação espacial dos ambientes serem amplas e contemplarem diferentes condições climáticas.
Descrição:
BARROS, J. F. A. de. Aspectos ambientais e geográficos na estruturação do grupo Rotifera em reservatórios tropicais. 2017. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2017. [Artigo]