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Estuários são ambientes dinâmicos, que apresentam oscilações de vários fatores, tais como, salinidade, temperatura e pH. Estes corpos d'água são alimentados por rios que transpassam grandes cidades e sofrem com o despejo de dejetos, como esgoto e descarte de fábricas, comprometendo a capacidade homeostática dos animais estuarinos. Sendo assim, a condição fisiológica de ostras Crassostrea sp. foi utilizada como parâmetro para inferir sobre a qualidade do ambiente. Moluscos bivalves são considerados organismos "sentinela" devido possuir características como hábito séssil, e o hábito filtrador, que promove a acumulação poluentes em seus tecidos. Foram escolhidos dois ambientes de estudo, um estuário impactado do Rio Paraíba do Norte, e o Estuário do Rio Mamanguape, que está inserido em uma Área de Proteção Ambiental (APA). Foram realizadas análise morfométrica, índice de condição (IC), teor de hidratação tecidual (TH) das brânquias e músculo e a atividade da enzima anidrase carbônica (AC) nas brânquias e manto. Os resultados demonstraram que as ostras do estuário do Rio Mamanguape são maiores, porém, o índice de condição, o teor de hidratação tecidual e a atividade da AC nas brânquias e manto foram maiores nas ostras coletadas no estuário do Rio Paraíba do Norte. De acordo com os dados, a dificuldade de regulação do teor hídrico nos tecidos das ostras do estuário Paraíba, já que não conseguiram manter o volume celular, bem como uma maior atividade enzimática da anidrase carbônica, que pode ser uma suposta defesa contra a presença de poluente, sugerem que a fisiologia das ostras estão comprometidas em relação as ostras do estuário do Mamanguape. Com isso, concluímos que existem diferenças entre as ostras coletadas nos dois estuários estudados e que a fisiologia das ostras do rio Paraíba do Norte está prejudicada, uma vez que este estuário é conhecido por possuir um maior impacto ambiental. |
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