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A displasia cemento óssea periapical faz parte do grupo de lesões benignas odontológicas, caracterizada por áreas múltiplas focais e bem delimitadas de reabsorção localizadas no ápice dos incisivos inferiores, com vitalidade pulpar, onde a lâmina dura se encontra integra na maioria das vezes. É, geralmente, diagnosticada em exames radiográficos de rotina, por ser uma lesão assintomática. Há uma prevalência em pacientes do sexo feminino, melanodermas com idade entre 30 a 50 anos. Têm como causas principais sugeridas: trauma, problemas hormonais, genéticos ou sistêmicos. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi relatar um caso clínico de displasia cemento óssea periapical. Paciente do sexo feminino, 51 anos, melanoderma, ex-fumante, compareceu a clínica integrada de Média Complexidade da UEPB, onde no exame intra oral notou-se presença de cálculos supragengivais, mobilidade grau 3 nos dentes 31, 41, 32 e 42. Ao exame radiográfico foi observada presença de áreas focais e bem delimitadas de reabsorção do osso, nos ápices das raízes dos dentes citados anteriormente. Foram realizados testes de vitalidade pulpar, onde foi confirmada a vitalidade pulpar de todos os dentes envolvidos. Sendo assim, foi descartada a possibilidade destas lesões apresentarem origem periapical inflamatória. Com base nos achados clínicos e radiográficos foi realizado o diagnostico sugestivo de displasia cemento óssea periapical e o plano de tratamento estabelecido foi terapia periodontal básica, colocação de contenção dentária fixa e proservação das lesões com acompanhamento radiográfico semestral. Após 1 (um) ano de proservação, foi observada a manutenção das lesões, resposta positiva ao teste de sensibilidade, sem complicações. Assim, se faz de extrema importância o conhecimento do profissional da existência dessa patologia, bem como a correta conduta clínica para, desta forma, evitar tratamentos desnecessários que podem trazer consequências negativas ao paciente. |
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