Resumo:
Objetivo: Avaliar a percepção materna sobre saúde bucal e a experiência de cárie de mães e bebês usuários da Estratégia de Saúde da Família no município de Araruna-PB. Material e Métodos: Uma amostra de 65 pares de mães-bebês de 0 a 36 meses foi avaliada por meio de uma entrevista sobre fatores socioeconômicos e demográficos da família, percepção sobre saúde bucal, hábitos de higiene bucal e dieta, histórico de visita ao dentista, além de avaliação proveniente de exame intrabucal referente a presença de biofilme visível e experiência de cárie (índices ceo-d para os bebês e CPO-d para suas mães). Os dados foram apresentados por meio de estatística descritiva com valores absolutos e percentuais. Resultados: Grande parte das mães reportou baixa renda familiar (95,4%) e baixo nível de escolaridade (44,6%). Verificou-se também que 52,3% das mães nunca haviam examinado a boca de seus filhos, contudo 70,8% da amostra considerou como “boa” a saúde bucal de seus bebês. Por outro lado, a maioria das mães já havia examinado sua própria boca (92,3%) e 70,7% julgou como regular/ruim sua própria saúde bucal. Todas as mães afirmaram realizar procedimentos de higiene bucal diariamente, porém 30,8% delas nunca haviam o feito em seus filhos. De maneira geral, os hábitos de dieta infantil mostraram-se adequados, enquanto que a maioria das mães (53,8%) reportou alto consumo de alimentos cariogênicos. Nenhum bebê havia sido consultado por um cirurgião dentista enquanto que todas as mães relataram ter experiência odontológica prévia para resolução de problemas bucais. A presença de biofilme visível foi mais frequente entre as mães (60%) do que entre os bebês (29,4%). O CPO-d médio apresentado pelas mães foi alto (8,06) enquanto que o ceo-d médio encontrado para os bebês foi baixo (0,46). Conclusões: A amostra analisada apresentou características socioeconômicas e demográficas desfavorecidas, muito embora a maioria das mães demonstrou perceber que as condições atuais de saúde bucal de seus filhos eram boas, enquanto que a sua própria saúde bucal não era adequada. A higiene bucal dos bebês não foi descrita como procedimento de rotina por todas as mães. Alto consumo de alimentos cariogênicos foi frequente entre as mães e também como hábito para alguns bebês. Nenhum bebê havia sido submetido à sua primeira consulta odontológica enquanto todas as mães relataram tratamento curativo prévio. Além disso, a experiência de cárie foi pouco frequente entre os bebês e comum entre as mães.
Descrição:
SOUSA, Edja Vanessa De Oliveira. Percepção de saúde bucal e experiência de cárie em um grupo de mães e bebês atendidos pela estratégia de saúde da família. 2017. 39f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Odontologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Araruna, 2017.