Influência da substituição parcial do agregado miúdo por pó de granito em argamassas no processo de carbonatação natural

Abstract

Anualmente as empresas de beneficiamento de granito, geram volumes consideráveis de resíduo, os quais em sua maioria não recebem um destino adequado, despertando assim interesse por parte do meio acadêmico em tornar esse material descartado, em algo útil na construção civil. Dentro desse contexto, poucos trabalhos relacionam o comportamento de novos materiais quanto a sua durabilidade frente a manifestações patológicas. Sendo assim o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da utilização do resíduo do corte de granito como substituição ao agregado miúdo em argamassas, no processo de carbonatação natural, em ambiente externo e interno a uma edificação. A metodologia adotada consistiu na substituição do agregado miúdo por resíduo de corte de granito, analisando a profundidade de carbonatação com auxílio de uma matriz de planejamento experimental 23+3 repetições no ponto central. Foram avaliados a influência do tempo de exposição dos corpos de prova (30, 60 e 90 dias), a porcentagem de resíduo substituído à argamassa (5%, 10% e 15%) e a granulometria do resíduo utilizado (0,3mm, 0,6mm e 1,2mm). Para aferição da profundidade de carbonatação, foi utilizada solução de fenolftaleína a 1% na face cortada dos corpos de prova. Pôde-se observar através do Diagrama de Pareto, que a variável tempo de exposição teve maior influência no processo de carbonatação seguido pela granulometria do resíduo utilizado, também foi analisado que os corpos de prova expostos ao ambiente interno carbonataram mais que os externos. Os corpos de prova expostos em ambiente interno tiveram uma redução na profundidade de carbonatação para a idade de 30 dias de 43;0%, para 60 dias de 28;8% enquanto para 90 dias a redução foi de 24;9%, quando analisado o ambiente externo a redução para 30 dias foi de 16;5%, para 60 dias de 26;8% enquanto para 90 dias a redução de 21;8%. De acordo com a condições analisadas, verificou-se que o resíduo do granito se mostrou benéfico, reduzindo a profundidade de carbonatação.