Resumo:
Objetivo: Avaliar os indicadores de cura e de abandono dos casos de tuberculose e de coinfecção tuberculose/HIV. Métodos: Estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa, realizado no estado da Paraíba-Brasil. A população do estudo foi composta por dois grupos, o primeiro, todos os casos de tuberculose que obtiveram cura ou abandono como situação de encerramento do tratamento da tuberculose e o segundo grupo, todos os casos de coinfecção tuberculose-HIV que também obtiveram cura ou abandono como situação de encerramento do tratamento da tubeculose. Todos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação Compulsória (SINAN) da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba, no período de 2013 a 2015. Foram obtidos os valores das distribuições de frequências absolutas e relativas, bem como, aplicou-se o teste de Odds Rattio. Resultados: Em relação aos doentes de tuberculose, 61% dos casos obtiveram a cura e 13% abandonaram o tratamento. Quanto aos coinfectados tuberculose/HIV, 42% dos casos alcançaram a cura e 24% abandonaram o tratamento. Nos casos de tuberculose, os doentes do sexo feminino apresentaram maior percentual de cura (87,4%) e menor taxa de abandono do tratamento (12,6%) em comparação com o sexo masculino (cura: 80% e abandono: 20%). Já nos casos de coinfecção, os doentes do sexo masculino apresentaram as melhores taxas de cura (65%) e abandono (35%) quando comparados com o público do sexo feminino (cura: 58% e abandono: 42%). Em ambos os grupos estudados o percentual de abandono foi maior para quem realiza o tratamento autoadministrado em comparação com os que realizaram o Tratamento Diretamente Observado, onde as taxas de cura foram maiores e de abandono menores. Observou-se, segundo teste de Odds Rattio que os sujeitos coinfectados apresentaram 2,6 mais chance de abandonar o tratamento da tuberculose do que alcançar a cura, comparados aos casos de tuberculose sem confirmação para o HIV. Considerações finais: O abandono do tratamento da tuberculose constitui o principal desafio dos órgãos de controle da doença, a adesão à terapêutica deve ser considerada como um fator imprescindível para a obtenção da cura. Portanto, os gestores e profissionais de saúde devem está atentos aos grupos populacionais em situação de maior vulnerabilidade, tanto para o adoecimento, quanto para a não adesão ao tratamento.
Descrição:
NASCIMENTO, P. V. F. do. Tuberculose e coinfecção tuberculose-HIV: Análise de indicadores epidemiológicos. 2017. 20f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.