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A presente pesquisa aborda analisar os avanços e desafios da prática do professor
(a) na Sala de Atendimento Educacional Especializado. A prática docente no AEE está
envolvida em ações que exigem interação voltada à formação dialógica dos sujeitos
que protagonizam a inclusão escolar. Neste sentido, buscou-se conhecer como ocorre
esta prática docente como também os desafios encontrados na sua atuação no
contexto de dois polos de atendimentos da Rede Municipal de Ensino de Guarabira,
considerando as especificidades do aluno, da família, professores e do ambiente, com
o objetivo de compreender os processos pedagógicos da prática docente da sala de
recursos multifuncional, analisando os desafios e/ou alternativas de avanços
desenvolvida no atendimento educacional especializado do município de
Guarabira/PB através de entrevistas com três professoras diretamente envolvidas no
processo, considerando os documentos normativos na implementação dessa
modalidade de ensino e a história da Educação Especial. A pesquisa caracteriza-se
como abordagem qualitativa e observatória e o instrumento utilizado para a coleta de
dados foi um questionário semiestruturado com 9 questões. A metodologia utilizada
para análise dos dados dialogou com autores como: Siluk (2014), Ropoli (2010),
Mantoan (2003) e documentos legais: decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008,
a Resolução Nº 4 de 2 de outubro de 2009 e outras Leis e Decretos que tratam do
assunto. As elocuções das 03 professoras foram analisadas e entrelaçadas ao estudo
teórico desta pesquisa, buscando compreender a prática docente no AEE quanto ao
trabalho em relação ao aluno, ao professor do ensino regular, aos familiares, bem
como a observância às normas e parâmetros das Políticas Públicas da Educação
Inclusiva no AEE. Os resultados indicam que a prática docente no AEE no Município
de Guarabira/PB ainda está em processo crescente. Das 2 salas pesquisadas apenas
uma atua há mais de 8 anos e caminhando para alcançar a proposta governamental,
realizando pequenos encontros, orientações e formações de pequeno porte para
professores. Mesmo assim, mostram-se com algumas questões em relação a
qualificação e recursos adequados para desenvolver um bom trabalho, pois estes não
se sentem preparados e amparados para receber o público alvo da Educação
Especial; da mesma forma, percebe-se professores relutantes em usar técnicas e
atividades diferenciadas. Estas dificuldades afetam a inclusão dos alunos com
deficiência, mostrando ser um processo delicado e complexo, por vários motivos, os
quais destacamos: despreparo acadêmico, preconceito, motivos políticos,
inconformidades com as políticas públicas e desconhecimento das deficiências e,
principalmente, dificuldade de realizar capacitações, implementada pelo governo
federal, fato que não tem garantido o acesso suficiente aos professores às instituições
públicas de ensino. |
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