Uma breve história do corpo feminino Plus size em alexandrismo: um estudo de caso 2018 até 2019

Abstract

Este estudo parte da indagação feita sobre como se construiu parte da imagem que permitiu a atual concepção do corpo feminino plus size na atualidade. Seu objetivo geral procurou responder à problemática exposta e, para tanto, tratou de compreender a base histórica que permitiu a atual concepção do corpo feminino plus size como representação social. No sentido de alcançar tal finalidade, procedeu-se à um recorte histórico sobre a compreensão do corpo dentro da sociedade; a uma identificação das representações do corpo feminino no decorrer da História e; enfim a uma categorizaçãoda representação contemporânea do corpo feminino gordo nos relatos de Alexandra Gurgel e do movimento body positive. Como linha metodológica, o estudo buscou se pautar na pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, tendo como fontes artigos, livros e dissertações de diversas áreas do conhecimento. Os resultados demonstram que, ao longo da história, o corpo feminino sofreu diversas representações, embora em sua maior parte tenha sido observado e compreendido pelo aspecto da maternidade. Os resultados também informam que, no séc. XXI, as concepções e representações sobre o corpo têm sido diversas e, dentre elas, emerge nos estudos contemporâneos a análise e a história das minorias, dos silenciados e dos invisíveis. É aí que o corpo gordo feminino transcende do universo privado e ganha a comunicação midiática, tendo em Alexandra Gurgel seu porta voz mais atuante. O estudo traça um perfil desse novo cenário e do discurso que trata do tema e informa, como um dos resultados obtidos, que Alexandra Gurgel, no seu canal Alexandrismos, surge como uma das representantes mais atuantes do movimento body positive no Brasil, desenvolve um discurso de empoderamento feminino, de autoestima e de valorização do corpo sem cair na armadilha do radicalismo ou do modismo, mas sim lançando um convite à reflexão sobre como a história presente se encontra intersecções com histórias passadas, a exemplo da própria discussão que terce em seu videolog e em seu livro ao tratar do tema dos corpos marginalizados.