Resumo:
O contexto da segunda década dos anos dois mil na América Latina é de retomada da ofensiva imperialista e neoliberal que retira direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora e se apropria das riquezas e recursos naturais da região. Essa conjuntura é muito mais agressiva para as mulheres, pois essa ofensiva reforça as estruturas de dominação em que estão inseridas, intensificando a sua exploração para garantir o crescimento econômico. Para enfrentar essa expansão da dominação capitalista as mulheres utilizam como instrumentos centrais as articulações internacionais de movimentos sociais e o feminismo popular, uma importante ferramenta de mobilização e formação criada pelas mulheres latino-americanas a partir das suas vivências e necessidades. Por isso, o presente trabalho se propõe a investigar de que forma a participação das mulheres na construção do internacionalismo através da Via Campesina contribuiu para o desenvolvimento do feminismo popular na América Latina. Tendo como objetivos: compreender como surgiu o feminismo e como se deu a sua construção na América Latina, entender de que forma a construção das resistências e de um projeto latino-americanista contribuiu para a luta das mulheres e analisar a participação das mulheres no processo de construção do internacionalismo através da Via Campesina. A pesquisa realizada foi de cunho qualitativo, exploratório e descritivo baseada em conteúdo bibliográfico e documentos da organização. Espera-se que este trabalho consiga demonstrar a força e a esperança passadas pelas mulheres camponesas na luta que constroem diariamente por uma sociedade livre e igualitária.
Descrição:
PORTO, A. D. Feminismo popular na América Latina: a participação das mulheres na construção do internacionalismo através da Via Campesina. 2018. 76f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2018. [Monografia]