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Este trabalhoprocura entender as questões que envolvem as relações de gênero à luz da campanha “Tudo lindo & Misturado” da C&A, partindo das fundamentações teóricas empreendidas por Michel Foucault (1990; 2012), Michel Pêcheux (2007) e outros estudiosos que se deleitam sob os estudos da Análise do Discurso. Para os pressupostos da categoria de gênero, nos baseamos em Joan Scott (1995), Judith Butler (2003), Gayle Rubin (1975) e outros que foram cruciais para formação do conceito. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar as relações de gênero que são abordadas na campanha “Tudo Lindo & misturado” da C&A. De modo específico, buscamos: a) observar a partir da Análise do Discurso o contexto de roupas “sem gênero” trazido nas propagandas da C&A; b) analisar os discursos junto às ferramentas midiáticas em sua função social de inclusão de identidades; c) refletir sobre as relações mercadológicas e de consumo presentes das mídias propagandistas da C&A. Para alcançar o resultado esperado foi realizado levantamento bibliográfico de textos da área, neste caso com foco no discurso, propaganda, moda, consumo, mídia e gênero. É debruçada na natureza qualitativa a partir dos dados disponíveis nas redes virtuais, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações de gênero que a pesquisa se estrutura metodologicamente. Para isso, seis propagandas discursivas divulgadas no site da empresa C&A na campanha “Tudo Lindo & Misturado” foram analisadas. Das teorias vigentes, faremos jus aos conceitos de arquivo (FOUCAULT, 2012) e memória (MICHEL PÊCHEUX, 2007) na intenção de entendermos a pesquisa sob o olhar histórico dos acontecimentos, dentre outros conceitos que nos guiaram para responder a indagação norteadora:as relações de gênero são abordadas de que forma na campanha publicitária da C&A “Tudo lindo e misturado”? Por ser uma temática que vem ganhando força nas diversas ciências, em especial nas humanas, acreditamos que esta pesquisa apresente uma importância social perante uma sociedade preconceitos, estereótipos e desigualdade de gênero. Nesse caminho, refletir sobre identidade de gênero é oportuno para conscientizar os sujeitos à inclusão e respeitos às diversas formas de existência social para além dos padrões socialmente definidos para homens e a mulheres. Percebemos, com isso, que para além do interesse mercadológico evidente, os discursos nessas mídias incitam um importante debate sobre identidade de gênero, permitindo também, o reconhecimento de sujeitos que vivenciam suas sexualidades para além dos padrões binários socialmente determinados. |
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