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A proposta deste estudo foi verificar a prevalência de atividades parafuncionais orais, estresse e ansiedade em estudantes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Para isto, foram aplicados o Inventário de Hábitos Parafuncionais de Alves-Rezende modificado, o Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp (ISLL) e a Escala de Ansiedade de Beck (BAI), em 335 universitários do primeiro ao oitavo períodos dos cursos de Odontologia, Engenharia Civil e Física do Campus VIII da UEPB e os resultados foram analisados por meio de estatística descritiva e analítica. Foi verificada leve predominância do sexo feminino na amostra, com grande prevalência de prática de hábitos parafuncionais orais pelos estudantes, sendo que os mais significativamente praticados foram mastigação unilateral, roer unha e cutícula e morder a língua. A amostra se encontrava na fase de resistência do estresse, em que o organismo consegue se readaptar, procurando retorno ao equilíbrio. Estudantes estressados apresentaram significativamente mais os hábitos de colocar a mão no queixo, morder lábios e bochechas e morder objetos, além de morder unha e cutícula. O estresse estava significativamente relacionado a todos os graus de ansiedade. Esta, por sua vez, foi predominantemente fisiológica (graus mínimo e leve de ansiedade) na amostra, sendo as mulheres significativamente mais ansiosas que os homens. Diferentes graus de ansiedade estavam significativamente relacionados a diferentes hábitos parafuncionais, sendo que a ansiedade patológica (moderada e grave) estava significativamente relacionada aos hábitos de descansar a cabeça sobre a mão, morder lábios e/ou bochechas, morder unha e cutícula, mastigação unilateral, morder objetos e bruxismo. Diante disto, o equilíbrio entre estresse e ansiedade se torna fundamental para que se tenha melhor qualidade de vida, de modo que não predisponha a prática de hábitos parafuncionais, como forma de compensação. Os resultados encontrados sinalizam também a importância de intervenções que contemplem os estudantes afetados, devendo estes serem objetos de reflexões e viabilização de propostas, como práticas de relaxamento, além de acompanhamento psicológico dos mesmos. |
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