Resumo:
Objetivo: Determinar a prevalência das principais complicações orais agudas relacionadas ao tratamento antineoplásico em pacientes internados, enfatizando dados epidemiológicos, sinais e queixas principais odontológicas e abordagens terapêuticas para essas complicações. Metodologia: O estudo apresenta caráter epidemiológico, transversal, descritivo-analítico e abordagem quantitativa. Foram examinados 227 pacientes de um hospital oncológico, no estado da Paraíba, dos quais, 61 foram excluídos por não se enquadrarem nos critérios de inclusão. Resultados: A amostra total contou com 166 pacientes, com predominância do sexo masculino (64,5%) e com faixa etária entre 31 e 60 anos (51,2%). As leucemias agudas (34,9%), seguidas dos linfomas (16,9%) foram os tipos de neoplasias mais frequentes. Com relação ao tratamento antineoplásico, a quimioterapia foi a mais prescrita (87,3%). A Mucosite Oral (MO) foi a complicação mais prevalente (18,7%), seguida da xerostomia (15,7%). Com relação aos sintomas clínicos orais, à ardência bucal foi a mais relatada pelos pacientes (25%). Esses sintomas foram mais prevalentes naqueles pacientes submetidos à quimioterapia (79,8%; p=0,005), bem como as complicações orais agudas (86,1%; p=0,003). Conclusão: A MO foi a complicação mais prevalente em ambos os sexos e em todas as faixas etárias, seguida da xerostomia. Ante o exposto, percebe-se uma correlação significativa entre os tratamentos antineoplásicos, as características clínicas e a presença das complicações orais agudas.
Descrição:
NEVES, Lucas Emmanuell De Morais. Prevalência das complicações orais agudas em pacientes internados em tratamento antineoplásico. 2018. 30 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Odontologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Araruna, 2018.