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O carcinoma diferenciado da tireoide (CDT) é a neoplasia maligna mais comum da região de cabeça e pescoço e afeta mais frequentemente o sexo feminino. O prognóstico quase sempre é favorável e o tratamento considerado mais apropriado é a tireoidectomia total seguida de ablação dos remanescentes com I131. As glândulas salivares têm a capacidade de concentrar iodo e a passagem do I131 pelos ductos salivares durante a radioiodoterapia ocasiona fibrose periductal provocando efeitos adversos. Tendo em vista a importância das funções que a saliva exerce na cavidade oral, foi realizada uma revisão da literatura, dos últimos 10 anos, nas bases de pesquisas online: PubMED/ Medline e BVS, com o objetivo de mostrar os efeitos deletérios nas glândulas salivares causados pela terapia com iodo radioativo. Foram selecionados 25 trabalhos, nos quais pode-se concluir que a radioiodoterapia é eficaz no tratamento do câncer de tireoide, porém ocasiona efeitos colaterais às glândulas salivares e que estão relacionados com a dosagem de I131 administrada e a quantidade de sessões realizadas pelos pacientes. Apesar da literatura mostrar estudos com a finalidade de encontrar o meio mais eficaz para o diagnóstico da disfunção salivar, determinação da dosagem que causa o aparecimento dos efeitos colaterais e quais são os mais freqüentes, os resultados ainda se mostram incertos. Dessa forma, se faz necessária a realização de mais pesquisas na tentativa de encontrar alternativas eficazes para a diminuição do surgimento de efeitos colaterais, bem como uma dosagem que seja efetiva para o tratamento do câncer e que não comprometa as glândulas salivares. |
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