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Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) atinge cerca de 425 milhões de pessoas no mundo, cuja maioria não conhece sua condição de saúde atual. A cavidade oral pode se tornar susceptível ao surgimento de inúmeras alterações decorrentes do DM como xerostomia, infecções, queilites, alterações gengivais e periodontais. Objetivo: Determinar a prevalência de alterações da cavidade oral em pacientes com DM. Material e Métodos: A amostra foi composta por 118 indivíduos com DM atendidos nas unidades básicas de saúde da família. As características clínicas dos pacientes foram analisadas com auxílio de espátula e iluminação artificial e registradas em um formulário previamente elaborado. Para a análise estatística foi considerado o valor de p<0,05 como significativo. Resultados: Da amostra, 38 (32,2%) indivíduos eram do sexo masculino e 80 (67,8%) do sexo feminino, sendo a média de idade de 63,6 anos. O tipo 2 de DM foi o mais frequente (n=109/92,4%). Observou-se alta prevalência de alterações orais, destacando-se: a xerostomia, que exibiu associação com o uso de medicamentos (p=0,049) e a doença periodontal mais frequente em indivíduos com ≤ 60 anos (p<0,0001). A maioria dos indivíduos que fazia uso de hipoglicemiantes orais não apresentou a doença (77,8%; p=0,035). As lesões potencialmente malignas estiveram associadas com o sexo masculino (65,2%; p<0,0001) e com indivíduos de idade acima de 60 anos (82,6%; p<0,015). Conclusão: Os indivíduos com DM apresentaram alta prevalência de alterações orais, sugerindo que o diabetes pode influenciar o desenvolvimento e/ou agravamento das doenças orais. |
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