dc.description.abstract |
O estabelecimento de processos de interação entre as pessoas faz com que elas avaliem e
sejam avaliadas constantemente. Todavia, há um espaço onde essa avaliação determina muitas
vezes o destino dos sujeitos nela envolvido: a escola. Neste desse contexto, o objetivo do
presente trabalho é identificar as concepções de avaliação e de gênero das professoras das
séries iniciais da Escola Municipal Maria Pessoa Cavalcanti, na cidade de Umbuzeiro – PB, e
de que forma estas concepções se entrelaçam influenciando as avaliações realizadas sobre
os/as alunos/as. Como a avaliação na perspectiva de gênero não é um tema que apresenta uma
vasta literatura, grande parte do referencial teórico utilizado reporta-se a obras consagradas
que tratam da avaliação em um contexto geral, tais como: Hoffman (1990), Luckesi (1996),
Pehhenoud (1999), entre outros; e sobre as questões de gênero os estudos de Carvalho (2000).
O recurso utilizado para a análise qualitativa foi a aplicação de um questionário junto às
professoras das séries iniciais da Escola Municipal Maria Pessoa Cavalcanti, na cidade de
Umbuzeiro – PB. No que concerne ao exame quantitativo, foi feita uma análise documental
embasada nos resultados do ano letivo de 2007 da escola em questão. Ao final da pesquisa,
ficaram patentes as contradições existentes entre a análise dos dados e as respostas fornecidas
pelos (as) professores (as), evidenciando que as expectativas de gênero apresentadas sobre
meninos e meninas, definição de maus alunos e boas alunas, não correspondem aos resultados
finais analisados e que se confundem desempenho escolar com comportamento idealizado. A
escola não deve ficar alheia a esta questão, uma vez que, as professoras podem ser muito
influentes através de sua prática avaliativa, no sentido de oportunizar as construções de
comportamentos e atitudes dos alunos e alunas sobre os papéis de gênero. |
pt_BR |