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Por séculos no Brasil a população negra encontrou meios para resistir às opressões
que prevalecem até os dias atuais, buscando [Re]existir em uma sociedade
pautada por aparatos de dominação como raça, classe e gênero que as deixa
invisibilizada, posta à margem da sociedade. Pensando nisso, este trabalho tem
como enfoque a reflexão de como a musicalidade torna-se uma ferramenta para
população negra [Re]existir na sociedade. Nesse contexto, faz-se a utilização do
gênero musical Rap, levando em consideração a música Mandume do cantor
Emicida lançada no ano de 2015. Tendo como base o gênero musical Rap, propõe-
se, também, uma reflexão acerca da musicalidade como importante fonte histórica
cheia de narrativas que nem sempre estão presentes nos documentos oficiais.
Desse modo, leva-se em consideração como, no Rap, encontra-se uma narrativa
histórica que denota uma [Re]existência negra, assim como o empoderamento e
afirmação da presença do povo negro na sociedade sendo proferidos através da
música. Nossa análise é pautada na leitura crítica de Akotirene (2019), Berth
(2019), Moreira (2019) e Ribeiro (2017), ambos têm como eixo a abordagem da
população negra dentro do âmbito social de como vem resistindo contra os
aparatos coloniais modernos. |
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