dc.description.abstract |
O presente texto tem como finalidade analisar as transformações do corpo feminino e suas
significações no decorrer do século XX e XXI, a partir da amostragem de algumas capas da
Revista Playboy no Brasil, publicadas entre os anos de 1975-2017, período no qual a revista
circulou no país. Através desse estudo, pode-se perceber que os discursos linguísticos e
imagéticos que norteiam a mídia, perpassam sobre os corpos, os normatizando,
caracterizando-os, e os remodelando, produzindo estereótipos e padrões de beleza (muitas
vezes inalcançáveis) a serem seguidos pela sociedade. Os discursos de poder que são
estabelecidos pelas revistas brasileiras no século XX e XXI desenvolvem corpos para o
mercado capitalista de consumo, com isso, as edições da revista Playboy lançam corpos nus
para também serem consumidos, porém, através do desnudamento do corpo feminino nesta
revista, ele assume uma condição de objeto, pois sua comercialização é voltada para o desejo
e prazer sexual de seu público, caracterizando o corpo feminino exclusivamente para o deleite
de outrem. A construção do artigo teve como pressuposto teórico autores que discutem a
História cultural como Alain Corbin, Silvana Vilodre Goellner, Guacira Lopes Louro, Denise
Bernuzzi de Sant’Anna, Lucilene dos Santos Gonzales, Edna Nóbrega Araújo, dentre outros. |
pt_BR |