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Este estudo tem por objetivo discutir e avaliar o uso de fantoches como uma construção, que
situa a tarefa pedagógica do docente no seu âmbito técnico, pratica, mas, sobretudo teórico e
político de formação de leitores em sala de aula que considera o fantoche como um recurso
didático na Educação Infantil (EI). O fantoche em suas nuances e especificidades, abrange um
conjunto muito diversificado de práticas sociais que envolvem os mais variados usos da
linguagem na forma oral e o habito de ouvir com atenção, incluindo assim, o gosto pela
leitura, através do uso de fantoches, por meio de palitoches, dedoches, aventais e tapetes de
contação de historias. É nesse sentido que o fantoche pode ainda instigar interlocuções,
suscitar debates e mobilizar controvérsias, sobre as relações de ensino e os muitos modos de
alfabetizar como meio de possibilitar a vivência de emoções e o exercício da fantasia e da
imaginação. A pesquisa é de natureza qualitativa realizada como atividade de campo, a partir
da observação e das anotações dadas por professoras e alunos a partir da intervenção realizada
em sala de aula na (EI) e das anotações dadas, durante a experiência de manusear o fantoche
em sala de aula. A experiência com o fantoche passou a ser considerado um recurso lúdico,
que foi construído pela própria autora deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), com o
intuito de proporcionar ao professor/criança um momento de contato com a literatura de
forma envolvente e prazerosa. Para fundamentar esta pesquisa buscou-se apoio nos estudos de
Almeida (2003), Brasil/MEC (1998, 2007, 2009), Busatto (2007), Charmeux (2000), Cunha
(2001), Dohme (2003), Ferreira (2002), Filho (2009), Paulo (1999), Maluf (2003, 2008),
Vygotsky (1999), entre outros. Conforme manifestações dadas oralmente, por alunos e
professora da turma pesquisada, conclui-se que: a manipulação de fantoches estimula o
desenvolvimento da linguagem e do pensamento e faz com que a criança aprenda a tomar
decisões, a expressar-se, canalizar a imaginação infantil e desenvolver o gosto pela leitura; na
escola, o trabalho com a leitura se inicia na (EI) como forma de despertar o interesse das
crianças pelos livros e estimular a imaginação, quando o mundo digital parece mais atraente
que nunca; no processo de formação de leitores, estudos têm demonstrado que a inclusão do
lúdico, nas aulas tem sido um artifício didático facilitador no processo de ensino-
aprendizagem; a utilização de fantoches pelas crianças, nas suas atividades espontâneas, se
constitui como um precioso meio, para o desenvolvimento das suas competências sociais,
bem como, na formação de pequenos leitores; a contação de história com uso de fantoches é
um recurso necessário à prática pedagógica de professores na EI e dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, sobretudo, porque os personagens ganham vida, a partir da manipulação
de fantoches, e pela relevância que assume para a história contada; a contação de história com
fantoches desperta na criança o gosto pela leitura, além de contribuir na formação de sua
personalidade do ponto de vista social e o afetivo. |
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