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As desordens potencialmente malignas (DPM) da cavidade oral são alterações de diferentes etiologias que exibem um maior risco de evolução maligna quando comparadas ao tecido normal, São reconhecidas como desordens a leucoplasia, eritroplasia, queilite actínica, fibrose oral submucosa e líquen plano oral. A importância da identificação destas alterações se fundamenta no princípio de que seu tratamento poderá prevenir a malignização, cujo risco está associado a fatores como etnia, presença de hábitos nocivos e presença de displasia epitelial, minimizando a morbidade e mortalidade, melhorando assim o prognóstico e sobrevida do paciente. O objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência do grau de displasia epitelial em desordens orais potencialmente malignas em pacientes atendidos no departamento de estomatologia da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) e na clínica-escola de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba, Campus I. Foi um estudo do tipo epidemiológico, transversal, retrospectivo. Foi criado um banco de dados contendo informações sociodemográficas, de hábitos nocivos e clínico-patológicas lesionais. Os casos de DPM que apresentaram displasia epitelial foram graduados de acordo com a classificação da OMS em leve, moderada e severa, e foi também adotado o sistema binário que classifica em alto e baixo risco de malignização. A tabulação e análise descritiva desses dados foi realizada com o auxílio do programa SPSS 22.0. A amostra correspondeu a 439 casos, revelando uma prevalência de 6,4%, com perfil epidemiológico representado por mulheres (60,4%), acima de 40 anos (82,7%), 24,2% com faixa etária de 51-60 anos, etnia leucoderma (54,7%) e ocupação profissional não relacionada à exposição solar (67,7%). Ao menos um dos hábitos nocivos estavam presentes na rotina dos participantes (60%). Os sítios mais acometidos foram lábio (34,3%) e mucosa jugal (22,8%). O diagnóstico clínico mais prevalente foi leucoplasia (51,2%), seguido de queilite actínica (24,6%). A maioria dos resultados histopatológicos apresentaram ausência de displasia (49,5%) e, dentre os que apresentaram, 60,3% foi leve e de baixo grau. Notou-se maior prevalência do grau de displasia epitelial leve, de acordo com a classificação da OMS (2017), sendo classificada como de baixo risco de malignização, segundo o sistema binário de gradação. |
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