Resumo:
Introdução: As fissuras de lábio e palato são malformações congênitas de alta incidência e com origem embriológica. Ocorrem em virtude da falta de fusão entre os processos faciais embrionários e os processos palatinos, apresentando uma etiologia multifatorial. A fissura labiopalatina (FLP) ocorre em maior frequência, seguida por fissura palatina (FP) e fissura labial (FL). As FLP e FL são mais frequentes no sexo masculino, e a fissura palatina (FP) é mais comum em mulheres e quanto mais grave a fissura, maior a predileção por mulheres, Objetivo: O propósito desta pesquisa é avaliar a prevalência de fissuras orofaciais no Brasil, na região Nordeste e no Estado da Paraíba. Metodologia: Foi utilizada a plataforma DATASUS com dados de indivíduos nascidos vivos nos anos de 2008 a 2018 disponíveis na página do Departamento de Informação e Análise Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde dentro da aba de Painel de Monitoramento de Malformações Congênitas, Deformidades e Anomalias Cromossômicas (D180 e Q00-Q99), sendo pesquisadas as variáveis: (Q35) Fenda Palatina; (Q36) Fenda Labial; (Q37) Fenda Labial com Fenda Palatina, visando traçar o perfil epidemiológico dessas malformações. Resultados: Foram identificados 5.303 casos de FLP no Brasil, 1.167 no Nordeste e 66 casos na Paraíba. A FP teve maior ocorrência em todos os anos e apresentou 8.511, 2.101 e 188 casos no Brasil, Nordeste e Paraíba respectivamente, o ano de 2013 teve o maior número de casos de FP na Paraíba. O sexo masculino foi o mais acometido, com 65,1% dos casos de FLP no Brasil. Os bebês com FLP e FP nasceram a maioria de parto a termo e os de FL nasceram entre 37 e 41 semanas e pesando 2.500g ou mais. Conclusão: Os padrões de casos no Brasil, Nordeste e Paraíba na maioria dos casos estão dentro dos mesmos padrões de ocorrência.
Descrição:
ANDRADE, Clenia Emanuela de Sousa. Perfil epidemiológico das fissuras orofaciais no Brasil caso 2019. 18 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Odontologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Araruna, 2019.