Resumo:
A revascularização pulpar surgiu como alternativa de revitalização da polpa necrótica, todavia, seu protocolo ainda não foi bem estabelecido. Objetivo: Avaliar através da revisão de literatura sistematizada, os relatos de casos que utilizaram a terapia de revascularização pulpar, seus protocolos e resultados. Métodos: Foi realizada uma busca na base de dados Pubmed, utilizando os unitermos “pulp revascularization AND endodontics”. Foram incluídos todos os relatos de casos ou série de casos completos que utilizaram a técnica de revascularização pulpar, indexados na base, de livre acesso e publicados até 18 de junho de 2018. Dois examinadores calibrados extraíram os dados correspondentes ao ano de publicação, qualis da revista, país, idade do paciente, dente, medicação intracanal, solução irrigadora, método, resultado e tempo de proservação. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva, através do SPSS versão 22.0. Resultados: Dos 204 artigos encontrados, 54 se enquadravam como estudos de relato ou série de caso. Porém, 21 não atendiam os critérios pré-estabelecidos Foram obtidos como resultados dos 33 artigos analisados, sendo 45 relatos de caso, desses 32% publicados em revistas Qualis A1, entre os anos de 2004 a 2017. Pesquisadores da Ásia e da América do Norte corresponderam, respectivamente, aos principais grupos de pesquisa (53,3% e 31,1%). Os relatos correspondiam a pacientes com idade entre 6 a 39 anos e os incisivos foram o principal grupo dentário tratado (48,9%). A pasta antibiótica composta por ciprofloxacina, metronidazol e minociclina foi utilizada como medicação intra-canal em 48,9% dos casos. Diversas soluções irrigadoras foram relatadas, todavia, o NaOCL a 5,25% e a 2,5% foram, respectivamente, as mais utilizadas (44,4% e 20%). A indução do coágulo foi o método mais empregado em 73,3%. O sucesso no tratamento foi observado em 86,7% dos casos e o tempo de proservação variou entre 1 e 60 meses, com uma média de 22,4 meses. Considerações Finais: A revascularização pulpar é considerada um método alternativo capaz de estimular a neoformação de tecidos pulpares, que pode auxiliar no fechamento do ápice radicular e reestabelecimento das funções sensoriais e imunocompetentes da polpa, sendo uma terapia viável na clínica, contudo precisa-se estabelecer protocolos definitivos e que resultem em sucesso terapêutico a longo prazo.
Descrição:
HIPÓLITO, Ana Cecilía Ferreira. Revascularização pulpar como uma opção terapêutica em endodontia: um panorama atual da literatura. 2018. 28 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Odontologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Araruna, 2018.