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O presente trabalho disserta sobre o poder do coronel Gentil Lins Cavalcante de Albuquerque, entre as décadas desde 1910 até 1935, baseando-se pelo local de poder entre a cidade de Cruz do Espírito Santo e Sapé, no estado da Paraíba, mostrando o poder da oligarquia estadual que gerava rede de chefes locais nos municípios. O coronel Gentil Lins, depois do casamento, recebe do sogro as terras de Pacatuba, passando a ser conhecido como agricultor. Fundou, ao passar dos anos, o Engenho Senhor do Bom Fim que transformou em Usina tempos depois. Em suas terras, o coronel foi o primeiro da região a se utilizar da queda d’água da cachoeira de Pacatuba, transformando-a em hidroelétrica, levando, assim, energia para sua usina. Debruçamo-nos sobre os parâmetros políticos, como também seu engajamento no setor industrial, pois percebemos que o coronel teve atividades agrícolas em escala industrial, trabalhando com a cana de açúcar e algodão, na região. Em seu início na política e seu engajamento nas eleições para presidente da Paraíba e Deputados, coronel Gentil Lins mostra sua força política sempre obtendo a proximidade com os presidentes do Estado, isso aconteceu com o presidente João Suassuna, que o escolheu para ser o primeiro prefeito de Sapé, cidade emancipada em 1925, depois tendo livre acesso ao governo do Presidente João Pessoa. É evidente sua força econômica através dos itens no inventario post-mortem de sua esposa. Em suas atividades encontramos o coronel Gentil Lins como sócio nas empresas de fornecimento de energia elétrica e de estradas e rodagens; uma de suas empresas aparece prestando serviços para o governo do Estado da Paraíba, nas construções de algumas estradas. Esse trabalho busca evidenciar o processo de adaptação do coronel quando estudos mostram que, no final da década de 1920, os coronéis estavam perdendo sua força econômica e política. Assim, a partir de uma pesquisa de caráter bibliográfica, podemos discutir tanto o contexto histórico do período como também do objeto em estudo. |
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